entidades da umbanda

entidades da umbanda

Pretos e Pretas Velhas

Eles na Umbanda, são entidades elevadas que se apresentam estereotipados como anciãos negros, conhecedores profundos da magia Divina, da manipulação de ervas. São excelente mandingueiros, mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos e trabalhos espirituais.

Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro durante a escravidão, a linha de Preto-Velho reflita sobretudo a a Sabedoria, Humildade, a Paciência, a Perseverança e o Perdão. Não necessariamente todos foram escravos. Não. Sua Humildade e Sabedoria são características marcantes, sua calma e ensinamentos são profundos. Apresentam-se na Umbanda sentados em seus banquinhos atendendo seus “fios e fias” com uma linguagem simples, porém sábias. A principal característica desta linha é a sua elevada ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL.

Àqueles que os procuram oferecem conselhos, orientação espiritual; receitam tratamentos caseiros, banhos de ervas, chás, entre outros, para os males do corpo e do espirito.

Utilizam vários elementos nos seus trabalhos como o cachimbo, cigarros de palha (que usam como defumadores, para limpeza espiritual) e ervas.

A Linha de Pretos velhos na Umbanda é regida pelo mistério Ancião, na força do Orixá Obaluaê que é o Orixa sustentador da evolução, da transmutação e transformação dos seres. Mas os Pretos-Velhos também se apresentam dentro da linha de outros Orixás.

Em sua linha de atuação eles se apresentam com nomes que individualizam sua atuação, conforme o seu Orixá regente, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram, exemplo:

Congo – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Iansã;

Aruanda – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Oxalá. (Aruanda significa céu);

D´Angola – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Ogum;

Matas – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Oxóssi;

Calunga, Cemitério ou das Almas – refere-se a Pretos-Velhos ativos na linha de Omolu e Obaluayê;

Vale ressaltar porém que, Preto é Cor e Negro é Raça, logo o termo “preto-velho” torna-se característico e com sentido ape¬nas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria “Negro Velho”, “Negro Ancião” ou ainda “Negro de idade avançada” para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na “terceira idade” (a melhor idade, por assim dizer). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista, pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com seus cabelos brancos, cachimbo e de sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade sobre a alma, através da sabedoria vinda do Continente Africano.

Caboclos

Quem são os Caboclos na Umbanda?

Entenda:

Para entendermos a linha dos Caboclos, é necessário compreender que os Caboclos não necessariamente foram índios ou mestiços, e sim, que Caboclo é referente a um grau dentro da hierarquia umbandista, ou seja, é equivalente a um espírito que após sucessivas encarnações alcançou este grau evolutivo, possuindo vasto conhecimento e experiências relativas a natureza para que possa atuar nesta Linha de trabalho.

Assim, os que possuem esse merecimento de atuar nesta Linha, são exímios manipuladores de ervas, limpezas astrais, quebra de demanda, cura, elementais da natureza, dentre outros. Os espíritos que estão nesta linha atingiram a compreensão de que o ser humano faz parte da natureza como um TODO, agindo com devido respeito a todo e qualquer sítio vibracional, ou seja, a todos os Orixás.

A Linha de Caboclos diante da sua atuação para com o solo sagrado (local das Giras), médiuns e consulentes, fazem a função de preparo vibracional do ambiente, ou seja, já antes do começo dos trabalhos (Giras), mesmo que não seja uma Gira de caboclos, eles já se encontram manipulando o fito-plasma elevando a vibração do local e de todos que ali se encontram, fito-plasma este retirado do seio da vibração de Oxóssi (das matas, plantas, ervas, flores, cascas de árvores, raízes, etc…), que se acumulam perante o Congá para que tardar possa ser utilizado para diversos fins, tais como: Cura, descarregos, regeneração dos corpos espirituais e astrais, higienização do ambiente, sustentação energética do Corpo Mediúnico e entidades.

Existem as linhas de Caboclos voltados para a cura e equilíbrio espiritual, que normalmente são os mais conhecidos dentro dos solos sagrados (local das Giras), estes profundos conhecedores das ervas e seus princípios energéticos, com seus conhecimentos nos passam “receitas” e tratamentos espirituais para nos reequilibrarmos espiritualmente, emocionalmente e fisicamente. Nos religam aos pontos da natureza aos quais eles atuam, sendo assim nos conectando com a energia das matas, pedreiras, campinas, cachoeiras, mares, rios e demais sítios vibracionais, assim nos energizando e reequilibrando com os tais.

Assim como falamos destas linhas de trabalho de Sustentação e Cura, existem outras, tais como: Doutrinadores, quimbandeiros, guerreiros, justiceiros, dentre outras.

Na linha dos Caboclos, podemos notar que estes fazem movimentos como, estalar de dedos, bater no peito, bater o pé no chão, assoprar, assovios, brados e fazer gestos estendendo os braços. Estas atitudes muitas vezes incompreendidas pelos consulentes e até mesmo praticantes da religião são confundidas com meros “tiques” (manias), ou até mesmo como traumas de tal entidade, esta confusão feita pelas pessoas é a falta de informação e estudo a respeito destas atitudes que tem total fundamento.

O estalar de dedos e o bater de pés e mãos, tem diversos significados energéticos, pois todos os nossos chakras se ligam a certos pontos das mãos e dos pés, assim ao estalar dos dedos o Caboclo está descarregando energias deletérias (negativas) do médium ou do consulente, quanto pode estar provocando descargas energéticas para o melhor funcionamento dos chakras no consulente ou no médium. O bater de pés e mãos no chão normalmente está associado ao descarrego de energias retiradas do consulente e dissipadas ao contato com o solo. O bater no peito tem como efeito a ativação do chakra cardíaco no médium, melhorando assim a sintonia guia/aparelho. O fazer gestos com os braços tem como objetivo lançar “flechas energéticas” em direção ao altar, ativando as energias dos pontos de firmeza do Congá, conforme a energia que o trabalho necessitar. O sopro, é a manipulação do elemento ar e seus elementais, para a limpeza energética ou energização. O brado pode tanto ter a função de ativação de energias e chakras do médium para seu reequilíbrio energético ou emocional, como pode ser usado para impor respeito a espíritos levianos, os quais ficam paralisados ao ouvir o som emitido. Por último, os assovios tem como efeito impulsionar o campo energético dos médiuns e consulentes de acordo com a energia a ser trabalhada, sintonizando-os com as energias da natureza, equilibrando-os e liberando-os de cargas negativas, miasmas e larvas astrais.

Importante ainda destacar que os Caboclos atuam em diversas maneiras na atualidade, como citado acima, então mesmo a linha dos Caboclos sendo sustentada e regida pelo Orixá Oxóssi, haverá Caboclos de outras vibrações como, Ogum, Xangô, Yansã, Oxum, Iemanjá, e outros Orixás. Mas o que devemos entender é que os Caboclos por trabalharem nesta linha, serão sempre regidos pela vibração de Oxóssi, sendo assim, um Caboclo de Ogum, vai ser de Oxóssi/Ogum, e assim por diante.

Tendo em vista que a Umbanda é uma religião brasileira, esta linha foi criada simbolizando a origem desta nação, que vem da natureza, esta linha vem nos sintonizar as nossas origens, ao respeito e a importância que temos de ter com a nossa terra, eles vem nos relembrar que pertencemos a natureza, ou seja, se machucarmos a terra, machucaremos a nós mesmos. Os elementos da natureza e os seres humanos são parte de um todo, este criado por Deus (Olorum).

Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé

 

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Erês I

Erês (crianças) são entidades de evolução incontestável pertencentes a espiritualidade. 
Incorporam nos médiuns em Centros/Templos/Terreiros de Umbanda, trazendo em si uma ALEGRIA e PUREZA toda peculiar de sua falange. 
Gostam de brincar, cantar e dançar, quando na verdade são grandes trabalhadores da espiritualidade maior. 
Não é à toa que a linha de crianças compõe a chamada “tríplice umbandista”, composta pelos Pretos-Velhos, Caboclos e Erês (crianças).

Essa linha é regida por Pai Oxumarê e possuem esse poder de renovação e notável capacidade de alegrar todos ao redor, o AMOR é a própria energia manipulada pelas crianças.

No decorrer das consultas, trabalham com seu elemento de ação sobre a Assistência, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.

Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas.

Por apresentarem aspecto infantil podem não ser levadas muito a sério, porém o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, que trabalhavam com a magia dos elementos.

Cosme e Damião foi o Santo Católico que concretizou o sincretismo com o Orixá Ibeji, das tradições afro. Assim sendo, as representações mais vistas dos Erês (crianças) nos Centros/Templos/Terreiros Umbanda são com imagens de Cosme e Damião, tradicionalmente conhecido com Santo protetor dos farmacêuticos e das crianças.

Os elementos e força da natureza correspondente a Ibeji são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos (água, terra, ar e fogo).
Eles são manipuladores das energias elementais e consecutivamente portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. 
Estas entidades são a verdadeira expressão da ALEGRIA e da HONESTIDADE, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. Embora os Erês (crianças) brinquem, dancem e cantem oi tempo todo, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. 
Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem sexagenário e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes?!

Num mundo de impuros, deixa-te “corromper” pela pureza!

Permita-se ser feliz.

Linha da Saude

O que é a Linha de saúde? Quem são os Mentores da Linha de saúde?

Basicamente, os mentores de saúde trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda.

Na linha de saúde realizada no C.E.U. Estrela Guia, não trabalham “apenas” Entidades com conhecimento na área médica, mas também àquelas ligadas à cura. É importante diferenciar a origem e a característica predominante de cada uma das ENTIDADES envolvidas, para que se tenha o real entendimento do valor dessa Linha de trabalho, de sua intensidade e de seu alcance nos sentimentos, sensações e necessidades da Assistência.

Falando inicialmente das Entidades, onde sua fonte de conhecimento, princípios de conduta e trabalho de energização, revitalização, cura física, para assim compreender de que maneira isso irá atingir da forma mais eficiente a Assistência.

Vale ressaltar que as Entidades ligadas à saúde pelo tratamento espiritual, não são necessariamente “Entidades Médicas”, mas sim espíritos/entidades que já trazem consigo ou mesmo quando encarnados adquiriram e exerceram conhecimentos e experiências ligados a benzimentos, cura doenças. Cada Entidades utilizara de diferentes fontes de trabalho dentro de suas especialidades, como reza, ervas, estudos, entre outros, para atender ao pedido dos que estão sofrendo.

As Entidades atuantes na linha de saúde são espíritos que quando encarnados adquiriram conhecimento relacionado à saúde, estudaram a anatomia humana, sua fisiologia, trataram doenças, ou seja, foram médicos de profissão, de estudo e formação. Por diversas encarnações, trabalharam em ambiente médico-hospitalar. Estudaram para isso, leram e escreveram livros, operaram, realizaram testes e experimentos voltados à pesquisa científica, sempre visando a evolução da Medicina, da cura e da ajuda ao próximo, enaltecidos pelos princípios de Nosso Pai Oxalá e um dos princípios básicos da Umbanda, a Caridade propriamente dita.

Ao retornarem ao plano espiritual, esses espíritos acumularam conhecimentos adquiridos na vida terrena, os quais, agora como espírito, serão aperfeiçoados e interligados com conhecimentos ligados a Cura espiritual. Sendo assim, essas Entidades, quando no plano médico possuem uma visão muito mais ampla da doença e do “paciente”, avaliando principalmente seu estado emocional, assim como o espiritual, suas cargas energéticas, tratando ambos os lados acometidos, ou seja, tanto o físico quanto o espiritual.

Há, porém, ainda na Linha de saúde, espíritos que quando encarnados utilizaram dos conhecimentos de Medicina e do corpo humano com intuito de maleficência, ou seja, utilizando os seres humanos como cobaias para experimentos, e um bom exemplo disso está na segunda guerra mundial, liderado pelo exército alemão.
Assim como os espíritos acima citados, esses também estudaram a Medicina e se formaram nessa profissão, porém utilizaram desses conhecimentos ora para interesses próprios, ora em condutas antagônicas à caridade e evolução do ser humano como espírito. Em outras palavras, esses espíritos foram contrários à visão médica de dar alento à vida e utilizaram de suas experiências para, por exemplo, provocar abortos, criar fórmulas que deterioram até de forma irreversível a saúde e provocam o envenenamento, a intoxicação, desenvolvem drogas que viciam a matéria e enfraquecem o espírito.

Cirurgia Espiritual

É realizada pelo mentor incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (o uso de uma faca – representando um bisturi – utilizado para “cortar” o mal no perispírito). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.

Fluidoterapia

É indicada pelos mentores da Linha de saúde e aplicada por médiuns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito, sendo a água o “remédio” metafísico, cujas propriedades variam de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Outros
Fora estes dois tratamentos, também são utilizados, cristaloterapia, chás e são indicados os banhos de equilíbrio e demais banhos que forem orientados pelos.

De onde surgem os Males Físicos?

A maior parte dos males físicos dos encarnados, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores desta linha nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura, mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a origem de tais males, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização, com a sua força de vontade e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.

Males Espirituais

São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto a pessoa é tratada também em sessões de descarrego na linha atuantes no C.E.U. Estrela Guia.
Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.
Quando a pessoa se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.

Entretanto, o princípio básico não somente da Cura, como de quaisquer outro tipo de necessidade é a FÉ.
A FÉ é o início de tudo que tange a Vida!

 

Ciganos

Quem são os Ciganos na Umbanda?

Entenda:

Os Ciganos inicialmente se manifestaram na Umbanda dentro da Linha do Oriente.

Anos à frente, vieram como Linha autônoma, ou seja, possuem sua própria Linha e com um campo especializado de atuação, que se volta muito para a magia visando à prosperidade, à união das famílias, ao amor, à cura, à quebra de magias negativas, à superação de preconceitos e de traumas e bloqueios emocionais.

A Linha dos Ciganos tem a Regência dos Orixás Egunitá (que inclusive é sincretizada com Santa Sara Kali, a Padroeira do Povo Cigano), Oyá-Tempo e Yansã.

A Linha traz o arquétipo de um povo muito Antigo e Místico, de “alma livre”, desapegado e, por isso mesmo, capaz de atrair a prosperidade no campo espiritual e material e de ensiná-la a quem precise.

Popularmente, às vezes se pensa que os Ciganos eram apegados a joias e metais preciosos, mas o que ocorre é que esses valores eram de fácil transporte para eles, que eram nômades, e assim procuravam ter meios de subsistência. O desapego e o senso de liberdade aparecem na sua maneira de viver, que é sustentada em suas crenças, tradições e na valorização da família. Nunca se envolveram em disputas por domínio ou conquistas.

Ao que tudo indica, de início não eram nômades, mas condições adversas os levaram a peregrinar em busca de sobrevivência.

Os Ciganos são grandes conhecedores da magia, alegres, amantes da natureza, muito voltados para a família, serenos e sábios conselheiros. São especialistas em preparar “remédios” com raízes, folhas, pós e pomadas. São portadores de uma Energia que favorece muito a prosperidade, pois estimula nas pessoas um sentimento de liberdade, de amor e celebração da VIDA, bem como o desapego, fatores indispensáveis para se atrair a ”boa sorte” e “a fortuna”.

O Povo Cigano traz uma extraordinária bagagem cultural. Por sua natureza nômade, os Ciganos viveram em diversas regiões do mundo, acabando por somar aos próprios conhecimentos aquilo que assimilaram de tantas outras culturas.

Ao longo da história, os Ciganos enfrentaram inúmeros preconceitos, desconfianças e acusações injustas, sendo banidos de muitas regiões do planeta. Eram fechados na sua maneira de viver, no sentido de que falavam um idioma próprio e nunca tiveram uma tradição escrita, tudo é passado oralmente; e, por serem muito místicos, pareciam sempre misteriosos. Muitos foram presos e escravizados; grande número deles foi assassinado na Inquisição e, mais recentemente, pelo nazismo onde neste caso no campo de concentração de Auschwitz, foram mortos quase 3000 em um único dia.

Todos os povos têm entre si bons e maus elementos; e com os Ciganos não poderia ser diferente. O que não se pode é julgar todos pelo comportamento da minoria. A causa de tantas perseguições foi a sua cor de pele e a sua mística (seus dons místicos), outro motivo nunca foi provado. Eles sofreram porque eram diferentes; e infelizmente até hoje “ser diferente” incomoda a alguns e gera atos de preconceito e de discriminação abomináveis.

Apesar disso tudo, os Ciganos souberam preservar sua mística, sua alma livre e suas tradições culturais; inclusive a partir do idioma, o Romani (ou Romanês), até hoje falado pela grande maioria dos Ciganos de todo o mundo. Eles mantiveram sua FÉ, suas crenças, sua sabedoria, sua magia, seu espírito livre de “Cidadãos do Mundo”, nunca lutaram por uma terra própria, não se apegaram a pedaço algum de chão. São “viajantes que dormem sob o teto das estrelas; filhos da Terra, da água, do vento, do sol, da lua, da chuva, do dia e da noite; e irmãos de todas as criaturas”,
Existe noção mais bela de vida do que esta: “ser um ETERNO viajante”? Afinal, estamos aqui de passagem…

Por toda a sua bagagem espiritual e cultural e por sua história de peregrinações e sofrimento, os Ciganos receberam do Astral Superior uma Linha de Trabalho que lhes rende homenagem. Não foram aceitos em alguns lugares, quando encarnados. Mas, ao desencarnar, conquistaram um Grau perante a Espiritualidade; vindo a somar suas forças às das demais Falanges de Trabalhadores da Umbanda, o que nos proporciona o privilégio de entrar em contato com esses espíritos antigos, que muito podem nos auxiliar, como de fato auxiliam, com sua sabedoria de vida.

Trabalham preferencialmente na Vibração da Direita. Os Ciganos gostam de música e dança. Suas Giras são envolventes, coloridas pelas suas vestes e, acima de tudo, pela sua energia alegre e amiga.

Usam muitos elementos magísticos, tais como: lenços e fitas coloridas, moedas, punhais, adagas, espelhos, taças, chaves, baralho, dados, pedras, runas, leques e incensos. Observam muito as fases da Lua para os seus trabalhos. No geral, a Lua Cheia é considerada a mais favorável, é a “lua madrinha” dos Ciganos.

A Gira de Cigano é praticamente uma Festa, com muita abundância, muita música, muita alegria, tal qual devem ser nossos dias.

Permita-se ser feliz. Conheça a Umbanda!
.´. Ashé

 

 

Marinheiros

A Linha dos Marinheiros da Umbanda trabalha no auxílio aos seres a partir do seu magnetismo aquático e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas. Nesta Linha se apresentam espíritos que em suas últimas encarnações foram marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, ribeirinhos, jangadeiros entre outros. É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.

Nos Centros/Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz muita alegria, com os médiuns incorporados assumindo uma postura leve, gingando de um lado para o outro, o que pode confundir, parecendo que estariam embriagados. Contudo, é importante destacar que NÃO ESTÃO EMBRIAGADOS, embora alguns médiuns por desinformação sugerem que estão. É apenas o magnetismo aquático que os fazem ficar “balançando”. Cada elemento tem o seu magnetismo, e os espíritos que se manifestam nesta irradiação têm magnetismo similar às características de sua Regência Divina, neste caso, um magnetismo “ondulante” de Mãe Iemanjá.

Ao incorporar em “seu” médium, o Marinheiro “bambeia”, lembrando o movimento de quem se equilibra no tombadilho de um navio ou de um barco em alto mar.

Desta forma, libera energias em formas onduladas e, através dos seus “balanços” libera ondas de forte magnetismo aquático que desagregam acúmulos negativos de origem externa e interna, equilibram nosso emocional e mental e nos dão condições de gerar coisas positivas em nossas vidas. Vale lembrar que as águas simbolizam as nossas emoções e estão ligadas à origem da vida. O contato com esses Guias realiza uma potente limpeza em nosso campo magnético, uma verdadeira “explosão” de energia equilibradora.

Os Marinheiros são Magos dos Mistérios Aquáticos. Atuam de forma única dentro da Umbanda, na manipulação de energias que nos libertam de bloqueios íntimos e nos dão equilíbrio emocional. Pode parecer pouco, mas hoje a própria ciência analisa e admite os efeitos dos distúrbios emocionais como geradores de várias enfermidades. De modo que a cura emocional é o primeiro grande passo para outras conquistas.

Os Marinheiros lidam com a assistência/consulência de forma simpática e extrovertida, “quebrando o gelo” propriamente dito e deixando-os à vontade, o que facilita a recepção dessas energias equilibradoras e curadoras.

Malandros

A Linha dos Malandros da Umbanda traz para dentro do ambiente Sagrado os excluídos da sociedade. São espíritos que em alguma encarnação, por conta do preconceito, foram considerados levianos e marginalizados pela sociedade, mas que lidaram com essa adversidade sem perder sua Fé, sua identidade e seu bom humor. Após desencarnarem, continuaram suas evoluções até alcançarem um Grau perante a Espiritualidade que lhes permitiu voltar à Terra na condição de Guias Espirituais, para nos reconduzir ao Divino.

Ao mesmo tempo, a Linha dos Malandros simboliza a aproximação dos excluídos com o Divino e ainda, para todas as pessoas, a possibilidade de uma reflexão sobre o preconceito e as exclusões sociais. Mas, primeiro, cabe lembrar que não se trata do “malandro” no sentido vulgar da palavra.

Os Espíritos que se apresentam na Umbanda dentro da Linha de Malandros vêm nos ensinar a flexibilidade, a capacidade de adaptação diante dos obstáculos, o “jogo de cintura” e o bom humor que se obtêm através do sentimento de Fé na Vida e em si mesmo e do equilíbrio das emoções, dos pensamentos e dos sentimentos. De alguma forma, em algum momento das suas existências, eles vivenciaram tudo isso e podem nos auxiliar.

Os Malandros nos ensinam que a vida é feita de experiências e todas visam nos ensinar algo de positivo; que não há obstáculos insuperáveis, pois as transformações promovem renovação e evolução constantes.